24 de nov. de 2010

Quem sem importa com essas "consequências"?

Quem conhece o Brasil sabe que é fodidamente perigoso sair pra rua durante a noite. E quem conhece São Paulo sabe que isso se multiplica ao infinito, visto que a cidade tem mais gente que noite de suruba num formigueiro. A diferença é que 1/3 dessas pessoas querem te assaltar ou são mendigos. Ou os dois (sem ofensa aos mendigos bros).


Essa história se passa a pouco mais de um ano atrás, quando fomos, nas férias de Julho, para o AnimeFriends, em São Paulo, jogar no campeonato de Smash Bros. Foram poucos dias, mas foram poucos dias de diversão numa terra desconhecida. Eramos tipo treinadores Pokémon indo pra uma nova região! Ainda mais quando se leva em conta que, cara, levamos um soco no campeonato de Smash igual ao que o Ash sempre leva nas ligas.




Porém, o ponto não é esse e sim uma das fatídicas noites que passamos lá. Uma noite em que não nos daríamos o luxo de ficar sem comer chocolate, por algum motivo misterioso. As vezes eu acho que existem aliens controlando nossas vontades repentinas através de um reality show intergalático, aí eles fazem o que for possível pra que seja mais interessante assistir-nos. E pra eles pareceu uma ideia super supimpa fazer a gente sair do hotel, à 1h30 da manhã, pra ir comprar chocolate.


É claro que a última coisa que passou na nossa cabeça é que tudo já estaria fechado. A primeira hipótese foi que iamos morrer assassinados por um drogado; a segunda, seriamos apenas assaltados e roubariam até nossas cuécas; na terceira o ar da cidade iria poluir nossos pulmões e nos transformaria em mutantes. Provavelmente por culpa de aliens. Olhando a nossa volta, podiamos ver várias pessoas de capuz aparentemente jogando cartas. Fora isso, tudo deserto.



Eramos três- eu, FS e Bini. Em nossa defesa, somos rapazes altos, musculosos e com caras rancorosas, sedentas por sangue. Então resolvemos dar uma caminhada mais adiante pra ver se realmente tudo estava fechado. Eu lembro que o Bini pisou em alguma coisa nojenta nessa hora, mas que até agora não identificamos o que era. No momento assumimos que era vômito de algum mendigo então ficamos nessa e fomos até o final da quadra. Nada.

No caminho de volta, resolvemos que não seriamos derrotados por sei lá o que estava lutando conosco, e continuamos então, além do hotel, para o outro lado. E a nossa braveza nos recompensou: havia uma loja misteriosamente aberta! Cheia de vigas e materiais (ou coisas quebradas, não sei- era um monte de coisas) jogadas na frente, a primeira impressão é que a loja estava sendo roubada. Pra nossa sorte, na verdade, ela estava apenas em reforma e era provavelmente a única loja aberta na cidade toda. E pra nossa maior sorte, o dono nos vendeu os produtos! A nossa lista de compras ficou: caixa de bombom Nestlé, pacotes de Trakinas e um H2O de dois litros.


Ao voltarmos pro hotel, nos deparamos com um Lampi acordado (ele estava dormindo e por isso [será que só por isso?] que ele não nos acompanhou) e surpreso com a nossa volta triunfal. Foi um aventura, mas uma aventura que valeu a pena- eu não aguentaria mais um dia sem chocolate. Mas se eu aprendi alguma coisa com esse caso, foi que devemos sempre carregar (mais) chocolates na mala, e que mendigos jogam pôquer.

23 de nov. de 2010

Margatos para Leigos

Via pedido da Hizome, um guia de como se aventurar em Rokkenjima!

Primeiro passo:
Compre o jogo! HimeyaShop / Palet Mail / Mandarake
Ou use torrents. Sei lá.

Segundo passo:
Baixe o patch de tradução do Witch-Hunt!
Aí é só seguir as informações do patch. Nada difícil, né?

Terceiro passo:
Os links aí em cima são pras Question Arcs, "primeiros 4 jogos". Pros outros 4, "Core Arcs", recomendo esperar até o final do ano quando o EP8 for lançado. Aí o tor- uh, DVD já vai incluir os outros 4 dos "4 jogos finais" e vai ser tudo mais simples assim. Quando isso acontecer, eu updateio o post!



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Aqui na parte debaixo do post, um pouco da minha arte:
Bernkastel pra Hizome;
e os gatos da Elise: Miwi, "sem nome ainda" e Nana.

20 de nov. de 2010

Aliens e açúcar

Todos que me conhecem sabem que eu tenho medo de muitas coisas. Muitas coisas mesmo. Sério, se eu fosse listar tudo que me assusta eu passaria dias escrevendo, mas não sei se eu terminaria de escrever porque as imagens iriam infestar minha mente e me causar um coma no meio da atividade. Problemas de ter uma imaginação constantemente ativa.


Uma das coisas que eu tenho medo são aliens. Extraterrestres. Só de escrever essas palavras eu já sinto calafrios. Mas eu não sei exatamente o porque de eu ter medo disso. Nenhum filme nunca me traumatizou nem nada. Eu lembro que eu assisti Sinais e me caguei feito uma pomba com diarreia, mas isso foi depois de eu já ter consagrado minha fobia, então não foi a causa, certamente. As vezes eu penso que fui abduzido quando eu era criança e, na hora de removerem minhas memórias, houve um erro ou algo do tipo e eu fiquei com o trauma. VAI SABER.


Mas o que quero contar é duma história recente. Não que seja uma história interessante mas é uma história relevante.

Enfim, aqui estava eu, 1:30 da noite de sexta pra sábado, lendo coisas aleatórias na internet e conversando no msn. O ruim de jogar conversa fora é quando se começa a fazer relações, e de alguma forma o assunto deu uma passada por aliens. E é logo então que me bate uma fome incessável por açúcar (o que tá mais pra gula que fome, mas ok). Só que agora minha mente tá focada nessas criaturas extraterrestres e eu não tenho nervos de ferro pra simplesmente sair do meu quarto e ver a casa toda escura, sem sinal de vida algum e ir até a cozinha, no andar de baixo, pegar um mero chocolate. A única solução que vem à minha cabeça é agarrar a Yuki ou a Feia, colocar uma delas (ou as duas) debaixo dos meus braços e avançar à cozinha sem temer.


Então eu saí do quarto, em busca das minhas companheiras. Usando a minha técnica milenar de chamar gatos de forma com que ninguém fosse acordado, minha tentativa falha de conseguir companhia era frustrante. No entanto, eu já estava na metade do caminho, com algumas luzes ligadas. "Não tenho nada a perder" foi o que pensei, mas quando eu penso isso é porque eu to me borrando.

Ao chegar na cozinha, eu corro direto pra caixa das coisas boas (doces) tentando achar alguma barra de chocolate pra me deliciar durante a madrugada. Sem sucesso. Tudo que tem lá são bolinhos Ana Maria que a minha irmã CHORA e GRITA pra comprar mas que ela nunca come, e ficam mofando na caixa. Qual a outra coisa mais doce que se tem por perto? Sorvete. Eu abro o freezer e vejo ali o pote dum delicioso sorvete de baunilha. Aaah, minha mente relaxa um pouco. Agora tudo estava bem. Ou não. Porque agora que eu perdi minha concentração, eu comecei a ouvir barulhos. Barulho anormais, vindo de algum lugar perto.


Isso não é bom. Por sinal, isso é horrível. Eu comecei a ficar estressado e apressado tentando abrir o pote de sorvete congelado, que não importa quanta força eu fizesse ou qual ângulo eu tentasse (ou qualquer combinação dos dois) a tampa não parecia nem próxima de se mexer. E os misteriosos sons continuavam a me assombrar. Foda-se o sorvete.

A próxima tentativa foi pegar o pote de Nutella. Quase vazio. Com a Nutella que sobrou, mal daria pra duas bisnaguinhas e isso jamais seria o suficiente pra minha sede de açúcar. Eu já estava tremendo e começando a entrar em pânico, quando meus olhos bateram numa caixa de bombons Lacta. Eu automaticamente me agarrei na caixa como se fosse minha salvação, minha boia num rio de urina alienígena.


Agarrado na caixa feito um coala num travesseiro de bambu, eu apressei meu passo (na ponta dos pés pra não acordar ninguém) e me tranquei de volta no meu quarto. Vitória. Sucesso. Derrotei os aliens, finalmente. Quando parei pra raciocinar com calma, vi que os barulhos estavam vindo do salão de festas do condomínio e da música alta que alguns adolescentes imbecis provavelmente estavam não prestando atenção enquanto se embebedam, fumam e tentam parecer descolados na frente dos alvos sexuais de cada um. Ou talvez eram aliens ouvindo funk. A esse ponto, não sei se quero saber.


O problema é que a caixa de bombons Lacta só tinha o resto das outras caixas de bombons Lacta- os difamados bombons de Amendoim e Canela chamados simplesmente de LACTA. Eles são os piores bombons já inventados, sério, quem pensou em enfiar uma BARRA DE CANELA dentro dum chocolate? Canela é bom quando em cima de alguma coisa pra dar um gostinho, não quando é enfiada em barras dentro de alguma coisa. Qualquer coisa. Vou deixar esses bombons aqui no meu quarto pra ver se eles afastam os aliens, sei lá.

19 de nov. de 2010

Piada sem graça

Me deu vontade de postar. Então eu to postando. Deal with it. Ultimamente vem me dando uma vontade bizarra e incontrolável de escrever, e o problema é que eu só não sei bem o quê. Mas vamos começar por aqui.

Todos sabem que eu não consigo manter blogs por x motivos, sejam eles minha obsessão com postar todos os dias ou por não conseguir me decidir num conteúdo pra postar. Outros motivos incluem o fato de ninguém ler as coisas que eu escrevo, ou pelo menos eu acreditar que não, e se leem não comentam sobre isso e aí não faz-me tanta diferença, heh. Por isso que esse post, 7 meses depois e sem nada de útil para outros, está sendo escrito. É o post mais egoísta da história.

Escrever me faz bem. Isso eu sei. É uma forma que eu tenho de colocar meus pensamentos num plano tangível e entendível. Desenhar também me ajuda com isso, só que sem a parte do entendível, claro, então são dois mediums diferentes. Ao escrever eu penso no que eu quero transmitir e como transmitir, mesmo que seja só pra mim mesmo, e acho isso um ponto muito importante na comunicação. As pessoas se preocupam cada vez menos em como transmitir as coisas de forma certa e deixar rolar interpretações livres demais do que estava sendo implicado. Creio que isso tem a ver com como hoje em dia as pessoas se importam menos com as outras, muito menos. Me lembra dessa imagem que vi no reddit esses dias- e o quanto ela mostra a minha indignação com a sociedade quanto aos valores de respeito e compaixão. Foda-se que é meio clichê e talvez um pouco prematuro falar isso com 18 anos. É o que eu penso e é o que eu quero expressar.

Voltando pro assunto anterior, se é que tinha um estritamente definido, outro fator que influenciou na minha vontade de vir postar foi que comecei a ler o blog de um pessoal genial e vou aproveitar aqui pra fazer propaganda pro Books of Adam e o Hyperbole and a Half. A forma como eles juntam uma narrativa envolvente junto com ilustrações de nível cômico absurdo é simplesmente fantástica. Sério, um aplauso pro Adam e pra Allie (será que começar o nome com A é requisito pra fazer blogs assim?).

Por hoje isso é o suficiente. Ou pelo menos por enquanto.

edit; É provável que o tema comece a bugar iradamente porque vou mudar umas coisas então não se desesperem.